terça-feira, 7 de outubro de 2008

Pelos poderes da Gibson

Arnaldo Baptista e o diretor Paulo Henrique Fontenelle


"Loki", o primeiro longa-metragem produzido pelo Canal Brasil, tem como foco a vida e a obra de Arnaldo Baptista, um dos cérebros dos Mutantes - uma das bandas brasileiras de maior reconhecimento internacional. A controversa trajetória do músico, que já foi marido de Rita Lee, quase morreu em um manicômio nos anos 80 e acredita em disco-voadores, foi destrinchada por Paulo Henrique Fontenelle em um longa que não vai entrar em cartaz, sendo só um aperitivo para uma série de documentários para a TV sobre o artista.
- O filme se propõe a ser uma grande homenagem ao Arnaldo. Há a sensação de que a gente devia esse filme a ele - explicou André Saddy, produtor-executivo do Canal Brasil.

O fim da banda, as lendárias brigas entre Arnaldo e o companheiro de palco - e irmão - Sérgio Dias, o famoso casamento, drogas... Os fãs que compareceram em peso ao Pavilhão do Festival para prestigiar o ídolo de uma geração não deixaram a oportunidade passar e perguntaram sobre muitas polêmicas da vida do autor de "Será Que Eu Vou Virar Bolor?".

Mas o admirador assumido de Jack Bruce (ex-baixista do The Cream de Eric Clapton) queria mesmo era falar de música e dos baixos Gibson. Grande estudioso, Arnaldo Baptista preferiu dar uma aula sobre sua paixão maior em vez de comentar certos assuntos. Coisa comum a um artista total que respira arte, tocando, compondo, escrevendo e que ainda tem tempo para pintar quadros e camisetas.
- Criar foi a sobrevivência dele. Ele está sempre se curando através da arte e da capacidade de continuar criando - comentou Paulo Henrique Fontenelle.


Mediador: Ricardo Shott (Jornalista - Jornal do Brasil)
Debatedores: André Saddy (Produtor-executivo), Paulo Henrique Fontenelle (Diretor), Arnaldo Baptista

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